quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Você me representa! Por favor, não seja como todos!

 Bem, conversando com amigos, sinto-me numa fazenda de ostras, ouço coisas do tipo: "Você não vai na parada? E depois se diz ativista! viado que é viado tem que ir na parada curtir."
 Pois bem, depois de engolir as mais bisonhas asneiras vomitadas por meus colegas internautas, eu decidi por fazer esse post, no qual quero deixar apenas uma mensagem: Você, seja gay, lésbica, travesti, transsexual, bissexual ou o caralho: Você me representa perante toda a merda da sociedade, por favor, não seja um(a) idiota.
 A GLBT não tem ainda indivíduos, somos todos farinha do mesmo saco para grande parte da população brasileira, que como se não bastasse ser extremamente ignorante e religiosa, é também nata generalizadora. Por isso, antes de sair na esbórnia se comportando como um animal, lembre-se de que além de se valorizar, você deve dar valor a tudo que a LGBT tem conquistado através de ativistas sérios e engajados com a nossa causa, não seja um estereótipo de novela nem de filme, seja quem você é e deixe isso em evidência. As paradas de orgulho muitas vezes generalizam comportamentos que ficam como "marca registrada" do que é um homossexual, e por conta dessa generalização, somos como uma "raça padronizada" para grande parte da sociedade.
 Uma das coisas que mais me irrita é ver pessoas que exageram no comportamento, que forçam a barra em todos os estereótipos que podem absorver. Desde bordões de Zorra Total até o estilo de se vestir. Essas pessoas - que não são poucas - não agem assim por se sentirem bem, agem assim por se sentirem seguras dessa forma, pois assim elas não precisam de uma identidade, elas são gays.
 Uma das razões para esse exagero comportamental que eu vejo muito por aí é a coisa de querer evitar contar para os pais sendo obviamente gay. Isso acontece porque muitas pessoas tem medo de contar com palavras, de descrever diante dos pais sua orientação sexual, por isso, desde cedo elas adotam trejeitos, características de estilo e comportamento exagerados e muitas vezes até mesmo forçados, para que essa conversa seja desnecessária, e o impacto da aceitação não exista. Porém esse ser extremamente estereotipado  não é nada bom para o resto da LGBT, é esse tipo de homossexual que favorece a generalização e o preconceito, se mostrando em um "padrão" de gay, que muitas vezes não agrada nem a si mesmo.
 Nós temos de ser pessoas. Não temos de ser "o gay"ou "a lésbica", somos diferentes, cada um com suas particularidades. Não se esconda em esteriótipos, seja você. Assim é bem mais fácil entenderem que ser gay não é um estilo de vida. É uma característica, apenas mais uma dentre tantas que temos.

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