
Já tive a oportunidade de ver casos em que, mediante a denúncia de terceiros, a vítima diz não sofrer homofobia, ou não se sentir ofendida ou abalada. Tudo isso muitas vezes por medo de perder amizades e contatos no meio.
O que fazer quando as brincadeiras extrapolarem?
Em primeiro lugar: se as pessoas que fazem essa brincadeira te respeitassem, não haveriam brincadeiras. Procure conversar e dizer como se sente. Se não resolver, ou, como acontece em muitos casos, piorar, procure a delegacia mais próxima, ou disque 100. Homofobia é coisa séria e deve ser duramente combatida. Não devemos jamais ser coniventes com esse tipo de obtusidade escrota, menos ainda nos sentir constrangidos em denunciar. Milhares morrem por ano porque não tem voz para denunciar abusos. Você que tem voz, vai ficar de frescura?
A homofobia na escola e no ambiente de trabalho trás à vítima uma queda drástica no rendimento como aluno/profissional. Pode inclusive desencadear depressão e vários outros transtornos. O abuso moral em ambiente de trabalho, rende anualmente milhões de reais em multas e indenizações. Ainda assim, muitas pessoas sofrem caladas. Por vezes abandonam seus empregos e preferem "deixar quieto" (o que na minha opinião é pior do que ser conivente).
Para jovens do ensino médio a coisa é ainda mais complicada. Sem o apoio dos pais e da família, muitas vezes o quadro evolui para depressão. Suicídios e tentativas dele por motivo de bullying não são casos raros.
Mesmo sendo quase que corriqueiro no cotidiano escolar, poucas são as instituições que tomam alguma providência efetiva quanto ao assunto. Preferem apenas remediar a filhadaputice. Homofobia não é piada nem brincadeira. Denunciar não é nem frescura nem falta de senso de humor. É um ato contra a violência.
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