domingo, 5 de agosto de 2012

Por que o racismo, o machismo e a homofobia não são vistos da mesma forma?

 Antigamente dava até pra entender; ninguém queria ser muito inteligente e "existiam" poucos homossexuais. Mas hoje é inaceitável ouvir alguém dizer que racismo, machismo e homofobia são diferentes, pois conhecemos as consequências e os efeitos de cada um. Mesmo assim há pessoas que afirmam que a homofobia não passa de uma série de casos isolados aumentados pela mídia que "superprotege" e estimula a homossexualidade. Essas pessoas se esquecem, porém, das semelhanças entre a homofobia e o racismo, na violência gratuita e áspera que por séculos assolou o Brasil. A TV teve e tem parte integrante na luta contra o racismo, com diversos personagens e casos que nos remetem ao pensamento de igualdade.
   Por que será que está tão complicado colocar a Homofobia em voga? Será que o assunto ainda é muito complexo para ser digerido pela família brasileira? Será que essa falta de interesse em juntar essas violências  não é a culpada por tantas mortes veladas, escondidas? Será que não devemos divulgar cada ato de discriminação? Será que não estamos fazendo vista grossa sobre a nossa própria segurança?
   Falar isso hoje, em início de século XXI é foda; Ser gay é perigoso não pela violência desenfreada, mas pela falta de respeito que sofremos em delegacias; Não somos cidadãos comuns para a maioria da população, para os políticos somos uma "casta" votante, mas que não têm direito de usufruir dos direitos inalienáveis de cada ser humano. Tenho medo de que sejam verdades essas ditas. Tenho medo de que estejamos parados, acomodados ao medo. Tenho medo de que já tenhamos nos habituado a largar as mãos nas ruas, a não termos o doce beijo de despedida, por medo.


  Tenho medo de que achem que a nossa luta é em prol da defesa de uma "frescura", pois poucos são os que lutam e erguem a bandeira.


Tenho medo que as nossas vozes não sejam altas como as vozes negras, as femininas e como tantas outras oprimidas, porque não somos pessoas, porque somos alegorias.



Tenho medo de que tenhamos perdido o respeito por nós mesmos antes de intendermos todos quem somos.
                                                      Não somos uma turba em busca de direitos extravagantes, somos pessoas em busca de segurança básica, lutar contra a violência não te torna um pró-LGBT, mas te torna um cidadão de bem, e acima de tudo, um ser humano decente.

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